Praia sob a lua

Ontem meu marido, ao ler nos jornais que a praia de Ipanema estava tendo forte movimento à noite, ele propôs que depois do trabalho pegassêmos nosso filho e fossêmos direto para praia curtir o por do sol e o frescor que ela deveria proporcionar. Topei na hora.

E fomos. Primeiro nosso filho não acreditou, e fez até manha dizendo que estávamos mentindo para ele. Com paciência conversamos com ele e explicamos que era uma coisa diferente mas que deveria ser muito legal e ele também topou... e lá fomos nós.

Não deu para ver o por do sol porque tivemos que fazer algumas coisas em casa antes de ir e chegamos na praia 20:30. E foi uma delícia!!!

Deitei na canga e apreciei um dos céus estrelados mais lindos da minha vida. Fiquei tentando identificar as constelações e viajando nas linhas e desenhos formados pelas estrelas.

Confesso que fiquei um pouco temerosa de mergulhar, pois o mar estava um pouco agitado e a luz era insuficiente, causando uma sensação de insegurança. Mas valeu pelo refresco da brisa do mar e até mesmo do mergulho rapidinho que demos.

E mais uma vez constatamos: vivemos na melhor cidade do mundo.

SALVE O RIO DE JANEIRO!!!

Quando o acaso não deixa

Semana passada meu marido e eu fomos ao cinema! Desde que nosso filho nasceu nossas idas ao cinema, que eram pelo menos semanais, ficaram cada vez mais raras.

Assim, a ida ao cinema passou a ser valorizada e os filmes priorizados. Semana passada deixamos o rebento na casa da minha mãe e corremos para a sala escura para ver Sherlock Holmes.

O filme é MARA! Sensacional mesmo: estávamos altamente envolvido com o vilão Blackwood quando ACABOU A LUZ!

Pois é, não acreditei no que aconteceu, mas saímos da sala, pegamos um vale e voltamos para pegar o filhote decepcionados e curiosíssimos com o restante do filme.

No dia seguinte resolvemos faltar o compromisso que tínhamos para ver o restante do filme. Nem usamos nosso vale, já que a fila estava enorme e seria mais rápido comprar pela internet.

Ingressos nas mãos, filho na casa da vovô de novo e rumo ao cinema. Ao chegarmos lá, de novo: a energia estava pipocando e o cinema não iria funcionar. Não acreditamos!

Estávamos que não nos agüentávamos de curiosidade e simplesmente não conseguíamos ver o filme. Enfim é esperar para ver, literalmente.

Tête à Tête

Estou lendo um livro que analisa e discute a relação de Beauvoir e Sartre.

O nome de Simone vem primeiro que o de Jean-Paul porque a autora deste livro - Tête à Tête - é uma estudiosa de sua vida e obra. Assim seu foco principal é Simone mas ela obviamente tem também Sartre como foco.

Estou na metade do livro e estou achando-o sensacional!

Primeiro porque mostra como o casal foi construindo sua relação e consequentemente a filosofia do existencialismo ao qual os dois são uns dos principais pensadores. A admiração e o amor de Beauvoir e suas incertezas e determinação em relação às exigências de Sartre para seu relacionamento também se destacam.

Assim como o machismo e ciúmes impercebíveis por Sartre quando Simone passa a ter relações com homens mais novos. Surpreendeu-me também a sinceridade entre os dois - determinada desde o primeiro momento do pacto que fizeram - um deveria contar TUDO para o outro, sem haver NENHUMA cobrança sobre o que se diz.

E assim eles falam de Olga Kosakiewicz, paixão de Sartre que Simone também se envolveu, formando um dos triângulos amorosos mais famosos do século XIX.
Realmente impressiona como e o que falam de seus parceiros e parceiras extras pontuando sempre que apenas entre os dois há "amor essencial".

Agora estou em uma segunda fase do livro, tão estimulante quanto a primeira: o momento em que o casal sofrendo as consequencias de uma Paris invadida, se dá conta da guerra, deixa a vida burguesa que viviam e entram para a Resistência aos alemães.

Aqui vemos a maturidade intelectual do casal se formando. Espetacular compartilhar da intimidade e do amadurecimento desses dois seres humanos fantástico.

Estou adorando!