quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Ainda as eleições norte americanas

O que me impressiona nos EUA é a importância ao livre-arbítrio e conseqüentemente a democracia. Lá as eleições são optativas e ainda sim houve 73,5% de participação (porcentagem calculada sobre a população apta a votar). Um ótimo número.

Lá, ao contrário daqui, as eleições não são em um único dia de votação. As sessões são abertas dias antes para quem quiser adiantar seu voto. Pode-se votar pelo correio.

Enfim é realmente um processo participativo.

Aqui somos obrigados. NÃO É DIREITO, É DEVER!! Que cidadão é este que queremos construir. Que democracia é a nossa que nós obriga a participar.

Dizem que se não for assim, não haveria quórum suficiente para eleger um candidato. Claro, isso é o resultado de uma grande decepção e de um processo que não representa a maioria. Eu se pudesse não votava.

E porque nos EUA há tanta participação? Consciência? Esperança? NÃO. É porque lá as eleições não são apenas para escolher um representante. Lá eles fazem zilhões de plebiscitos nos estados, sobre as mais variadas questões como a liberação do casamento entre homossexuais, o aborto, pesquisas embrionárias e outros fatores que influenciam diretamente a opção de cada cidadão.

Isso é democracia: a maioria decide.

E não o que ocorre aqui, onde um grupo seleto, como o STF, a Câmara ou Senado, vota questões cruciais sem nenhuma consulta prévia à sociedade.
Deveríamos seguir o que há de bom nos EUA. Um dia chegamos lá

OBS: Fiquei dias sem postar: correria, trabalheira e diversão longe do computador. E só hoje saíram duas postagens: estou aprendendo com minha amiga Rebecca. ;-))

Um grande passo para a humanidade

Acabaram as eleições norte-americanas. E o resultado foi o esperado: Barack Obama é o novo presidente dos EUA.

Foi uma vitória com uma grande margem de diferença. O mundo já não agüentaria outro mandato republicano, muito menos os EUA.

Mas o resultado destas eleições não diz respeito apenas como será conduzida a política do país – que, diga-se de passagem, cada vez menos infuencia ao nosso país, que vem buscando uma estabilidade econômica e se alinhando com países sul-americanos, europeus e até asiáticos, apesar de todos os problemas que envolvem tais relações.

O grande destaque desta eleição é a já batida questão: pela primeira vez em sua história os EUA elegeram um presidente negro.

E isso é uma vitória para a humanidade.

País extremamente racista, cenário de inúmeras crueldades e massacres conseguiu virar meia página de sua trajetória.
Ainda que seja um exemplo pessoal, Obama venceu. E não foram as eleições apenas. Obama venceu o preconceito. Parabéns!

Aqui também conseguimos vencer o preconceito e elegemos, por dois mandatos, pela primeira vez na história de um país extremante elitista e tão moralista quanto os EUA um pernambucano, torneiro mecânico, metalúrgico e líder sindical – apesar de todos os problemas e críticas que envolvem este governo.

O Chile e a Argentina também elegeram mulheres para presidente. Fato ainda inovador.

Enfim barreiras sociais estão sendo rompidas e eu realmente espero que cada vez mais possamos olhar a todos como iguais, independente de cor, sexo ou religião. OXALÁ