Depois de ter tido seu filho, o sonho dela era ter uma menina. Na verdade era adotar uma menina. Uma menina negra, com o cabelo Black Power, que ela ensinaria como era lindo aquele cabelo. E aquela neguinha iria ser a alegria da casa. Correndo de um lado para o outro com o novo irmão, cheia de trancinha, se tornaria a sua melhor amiga.
Mas seu marido sempre respondia: estais louca?? Adotar??? E negra ainda por cima??? Pirou!!!
E se passaram 8 anos, até que em um papo de café da manhã, ele comentou sobre uma amiga de trabalho que depois de dois tratamentos caríssimos resolveu entrar no processo de adoção de um bebê. E ele comentou:
_ Achei tão bonito.
E ela respondeu:
_ Eu também..... Achei lindo e gostaria muito de adotar uma menina, negra, com um cabelo Black Power para eu poder ensinar para ela como é lindo o seu cabelo! E transformar uma criança abandonada em um adulto autoconfiante e feliz e assim melhorar o mundo!
Ele olhou dentro de seus olhos, e cheio de amor, respondeu:
_Se isso lhe completa, vamos tentar.
Ela simplesmente não acreditou. Ficou olhando para ele, que reafirmou a afirmativa e ela, com os olhos cheios d’água o beijou.
Passou-se quase um ano para o processo de adoção se concretizar, até que chegaram em casa com a menina, Clarisse, o nome que sempre combinaram em dar a filha que por acaso tivessem. Pedro, o primogênito, feliz por ter agora uma irmãzinha, queria aprender trocar a sua fralda.
Ela pegou a menina e, como por extinto, coloca-a nos seios. E a pequena, de apenas 2 meses de vida, começou a sugar aquele seio vazio. Parou e chorou. Ela, mais uma vez por extinto, insistiu.
A menina sugou e como que por milagre, mamou. E o leite materno, símbolo do amor maior, brotou nos dois seios, que alimentariam a menina até a idade ideal.
2 comentários:
Isso é verdade? Se for, é o MÁXIMO! Bjs
Olá, conheça o Blog Arquivista em Construção - http://alunadearquivo.blogspot.com/ Abraços, Elaine
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