Realmente hoje o assunto do dia é a lembrança do dia 11 de setembro de 2001. Inevitável lembrar e refletir sobre aquele dia, como ele mudou o mundo e como mostrou que as certezas da vida são tão incertas!
E você, onde estava o dia 11 de setembro de 2001?
Eu nunca esquecerei que cheguei cedo à Biblioteca Nacional para dar sequência a minha pesquisa e mergulhei nos jornais do início do século XX, saindo de lá por volta das 13 horas.
Saí da BN e estava indo em direção do Arquivo Nacional, onde fazia estágio, quando passei por um boteco com TV e reparei uma multidão olhando para ela. E nela a imagem que ficou famosa: o segundo avião atingindo a segunda torre do World Trade Center, que demolido veio ao chão em menos de cinco minutos. Fiquei atônita, sem ar e perguntei o que havia acontecido. Quando me falaram não acreditei. Me senti uma alienada. O mundo a beira de uma Terceira Guerra Mundial e eu enfurnada em uma biblioteca!!!
Desisti de ir para o Arquivo e caminhei em direção ao IFCS, entrei no laboratório a qual estava vinculada por uma bolsa e encontrei meus dois grandes amigos na frente do computador estarrecidos acompanhando as noticias ao vivo de Nova Iorque. Ainda um tanto abalados fomos para a sala de nosso professor de Contemporânea, especialista em Mundo Árabe e Estados Unidos, Francisco Carlos Teixeira da Silva, para trocar idéias. Recebemos uma aula sobre os prováveis novos rumos da política mundial.
Realmente o mundo jamais fora o mesmo!
Mas como na vida tudo é incerto eu vivi, um ano depois, o meu pior 11 de setembro. Neste mesmo dia, no ano de 2002, minha vô internou às pressas para conter uma necrose do intestino delgado e eu sabia que ela não voltaria. Dois dias depois faleceu na CTI do Copa D’Or.
Minha família toda reunida, abalada, tomava as decisões do enterro. Este sim um setembro triste, onde a dor era enorme, apesar da causa ser menor daquela de um ano atrás, mas era próxima, direta e muito, muito dolorosa!
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