terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Quando se foge do foco do problema!

Nos últimos dias tenho ficado indignada com a maneira pela qual algumas noticias tem sido veinculadas pelas mídias impresas e televisivas.

A primeira delas, a mais chocante para mim,  refere-se a morte do artista chileno Jorge Selarón. Desde a descoberta do corpo, o Globo vem informando que o artista provavelmente comentou suicídio.  A polícia reitera esta hipotese. Mas não é preciso investigar muito para chegar a conclusão que Selarón foi  morto pelo tráfico de drogas que assola aquela região. Tenho amigos que possuem estúdios no local, o frequento regularmente e era público e notório que Selarón discutia com os bandidos que faziam da rua Joaquim Silva uma feira de drogas a serem consumidadas nas ruas da Lapa. A morte de Selarón é uma questão de segurança pública, e digo mais é uma questão de estado de direito, pois o artista apenas reinvidicava seu direito de não ter que conviver com esta bandidagem nojenta e ao enfrentá-los foi morto friamente. Espero que sua vida nao tenha sido levada em vão e que se repense efetivamente a ocupacao daquele espaço tão bonito e genuinamente carioca.

A segunda noticia que gostaria de comentar é a campanha que tem sido feita para fazer do médico que faltou o plantão um bandido. Ele não estava correto, em especial no que tange a sua folha de ponto. Se estava fraudando o documento deve sim responder por falsidade ideológica, incluído o amigo que o substituía e o chefe do hospital que era conivente. Mas dizer que o médico fora responsável pela morte da pobre menina é um pouco além. Responsáveis sao os bandidos que atiram e a péssima politica de saúde que nos temos no Rio de Janeiro.

E para finalizar, a outro notícia que tem me incomodado muito é a maneira pela qual tem-se discutido e até mesmo defendido a permanência do antigo Museu do Índio no entorno do Maracanã. O pobre prédio sofre com o abandono há mais de quarenta anos e hoje não é mais o que fora. Há anos a politica de preservacao do nosso patrinomio é fraca, limitada e colocada sempre em segundo plano. Inúmeros prédios históricos sao abandonados para depois serem demolidos, coincidentemente, para virarem estacionamento. E agora precisamos defender um prédio abondonado e que frente a opinião pública perdeu o seu valor.  Temos é que brigar por uma politica de preservação decente e que puna proprietários que abandonam prédios tombados, como manda a lei.

Mas parece que os pontos discutidos aqui são omitidos por conveniência e por uma politica podre. A sociedade precisa se mobilizar e reinvindicar uma melhor atuação da administração pública!

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