segunda-feira, 1 de setembro de 2014

O conceito de moderno

Dias desses fui visitar o meu avô no sítio com minha família: marido, filho e irmã.

Papo vai, papo vem e meu avô perguntou para o Pedro:

_Pedro, você sabe o que é isso? mostrando uma máquina de escrever eletrônica, aquelas IBMs que um dia foram modernas!

Pedro ficou encantado e claro, ganhou de presente do bisa, que ficou todo orgulhoso do bisneto!

Trambolho devidamente entulhado na mesa do quarto, Pedro segue vida normal de computadores e tabletes, até que um dia, um amigo da escola chega para visitar. Papo vai, papo vem e Enzo pergunta:

_Pedro, o que é isso?

Pedro, em vez de responder, liga a máquina, coloca uma folha e começa a digitar: tic tic tic tic!

E Enzo, eufórico, responde:

_Nossa, é um computador que já vem com a impressora!

Coisas da modernidade!

sábado, 30 de agosto de 2014

Inocente e feliz!

O novo filme do Woddy Allen é um típico Woody Allen! Portanto assistí-lo é diversão garantida.

Com uma história engraçada e leve o filme trata, de maneira indireta, de um assunto sério, polêmico e antigo. O quanto a ilusão pode trazer felicidade e o quanto o ceticismo pode lhe afastar dela.

Stanley, o homem do cartaz, tenta desvendar a médium Sophia e ao longo do filme se envolve com ela. Quando descobre como ela engana senhoras milionárias com suas visões do além, percebe que está apaixonado e não aceita o sentimento, pois é um homem cético e racional.

Vale a pena uma reflexão. O quanto a inocência e a ilusão podem nos fazer feliz. Gostei de ver a vida por este ângulo. Eu que tento sempre ser racional e prática, percebi que às vezes precisamos deixar nos enganar pela vida e assim viver um momento inocente e é feliz! Basta se deixar livre!

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Desabafo de uma professora cidadã

Ontem ao chegar à escola que leciono fui recebida, na sala dos professores, com críticas e cobranças por ter optado em dar as aulas do dia aos alunos que haviam ido para a escola. Ainda tentei explicar o que me motivava, mas percebi que não adiantava argumentar. No entanto o mal-estar ficou em mim e depois de muito refletir resolvi escrever este texto e divulgá-lo para que possa ser criticada e refletir em conjunto com amigos e colegas de profissão.

Estudei no Pedro II, fiz minha graduação na UFRJ e passei por inúmeras greves quando era aluna e sei do impacto dessas greves na minha formação. Em uma das mais longas, a paralisação dos professores da UFRJ que durou quase cinco meses no final do governo FHC, fez com que os alunos perdessem o semestre, mas mesmo assim, nós alunos da graduação, apoiamos o movimento, mesmo ele não tendo sido estendido para os programas de pós-graduação. Lembro que a imprensa nem sequer mencionava a greve e as reivindicações dos professores. Enviei uma carta ao Globo apoiando e questionando a ausência do fato no jornal, e eles pelo menos publicaram alguns trechos da carta, mas  nenhuma discussão foi colocada em pauta. A greve acabou, os professores não tiveram suas reivindicações atendidas, tiveram descontos em seus salários e voltamos todos para a sala de aula com uma grande sensação de derrota.

Claro que sou a favor do movimento dos professores. Sei exatamente o quanto somos desvalorizados financeira e moralmente. Concordo com a necessidade de melhorias salariais; com o direito de 1/3 do nosso tempo para planejamento a ser realizado em casa e não obrigados a permanecer na escola; concordo com a necessidade de melhorias nas condições físicas e de infra-estruturas nas escolas públicas, pois estamos há anos luz do que seria adequado; e defendo a melhoria do programa de premiação por meritocracia.

Mas não concordo com o pensamento de que a única forma de reivindicarmos nossos direitos é a paralisação das aulas. Há pelo menos vinte anos vejo o movimento dos professores lutando por melhorias através de paralisações e, sinceramente, não podemos dizer que esta estratégia venha dando bons resultados. Pelo contrário até, penso que tal atitude desvaloriza o nosso trabalho e nos coloca contra a sociedade. Tenho certeza que temos outras maneiras de reivindicar através de ações que serão mais impactantes aos gestores e políticos e menos aos nossos alunos.

Penso que não podemos ver nosso trabalho como uma prestação de serviço qualquer. Trabalhamos com educação, com a formação de pessoas e o tempo perdido não será recuperado e assim formaremos pessoas com alta defasagem de aprendizado e conteúdo. Assim, deixar de dar aulas faz com que abandonemos as nossas responsabilidades.

Penso também que estou errada em tomar uma atitude individual, pois a categoria decidiu em assembleia a paralisação, mas vou confessar, esse sindicato não me representa. Sou obrigada a pagar um dia de meu salário como taxa de adesão/permanência, sei lá o quê, mas não me vejo representada ali. Vejo um sindicato que se posiciona com ideologias político-partidárias e que não reconhece as melhorias reais conquistadas, radicalizando sempre em suas posturas e negociações.

É preciso também assumir que a sociedade abandonou a educação e falo isso não pensando  apenas nos políticos e gestores da área. Fala isso não apenas me referindo as famílias carentes que não conseguem nem dimensionar o quanto o estudo pode melhorar o futuro de seus filhos. Fala isso não apenas em relação à escola pública, mas, sobretudo, à escola particular. Conheço casos de escolas caríssimas onde os pais delegam a responsabilidade dos estudos de seus filhos para os professores. E essas crianças, apesar de ricas e bem vestidas são no fundo crianças abandonadas na escola, que não tem pai e mãe presentes, que o professor é tratado como um funcionário da família e quando ocorre algo fora do desejado, elas reclamam e cobram na direção da escola a mudança do professor, que é aceita pela escola, pois a instituição não pode perder aquela mensalidade.

Precisamos definitivamente rever o que vamos fazer com a educação. Penso que o modelo de educação atual precisa se atualizar. Temos professores que ainda não perceberam o quanto é importante motivar e modernizar o ensino e não apenas oprimir e mandar o aluno ouvir, decorar e calar-se. No fundo precisamos de uma revolução, mas não sei como fazê-la.   

Não quero que meus colegas aceitem ou entendam a minha opinião, apenas peço que a respeitem, pois eu também tenho o direito de não parar.



domingo, 20 de janeiro de 2013

Da legalização da maconha.

Bem antes do que pensei, volto ao assunto da legalização da maconha.

O site no qual achei a imagem que ilustrou a publicação anterior trazia uma excelente matéria sobre o assunto e eu a disponibilizo aqui.

Maconha, é hora de legalizar?

E barco que segue.

Sempre aberta a novas reflexões.

 
 
Sexta estava na casa de um grande amigo comemorando o seu aniversário e como de costume, queridos apertam um baseado.

Aqueles que me conhece mais a fundo, sabem que apesar de gostar muito, não fumo maconha há alguns anos pois acho que estamos contribuíndo para o tráfico.

Num certo momento, acabei expressando minha opinião e fui bombardeada... Enfim, é uma discussão difícil, principalemente entre artistas que tem o hábito de fumar constantemente.

No final das contas, uma amiga deste amigo, foi a quem mais sustentou a discussão, sendo até um pouco grosseira, o que não me incomodou. Meu marido já havia saído da discussão por conta da exaltação dessa amiga e eu sustentei um pouco mais pois seus argumentos não mudaram minha opinião. 
 
Deixei claro que não tinha absolutamnte nada contra a maconha, mas tinha tudo contra o tráfico.
 
O grande argumento dela era que ela consome a maconha que planta e segundo a atual legislação, ela seria mais criminosa do que os que são apenas usuários, e que consequentemente compram do tráfico.
 
Não vejo problema algum alguém plantar e fumar sua prórpia maconha, mas se você for pego vai preso como traficante. Concordo plenamente que nossa legislação precisa ser revista, mas não deixo de lado a responsabilidade de quem compra do tráfico, assim como quem compra produto roubado ou produto pirata. É ilegal e isso não se pode negar.
 
Mas o assunto morreu, cada qual com sua posição, e a festa seguiu feliz!!!
 
Um tempinho depois fiquei pensando com meus botons e acabei reavaliando alguns pontos. Meu amigo, íntimo o bastante para me falar o que quiser, pois somos irmãos de alma, chegou quietinho e me falou que não concordava comigo. E eu isse que precisava rever meu discurso.
 
E é isso que farei. Reverei meu discurso.

Vou começar assistindo ao filme "Quebrando o tabu" no qual o ex-presidente FHC dá seu total apoio.
 
Bem, este é um assunto sério e profundo. Voltaremos nele mais a frente.
 

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Quando se foge do foco do problema!

Nos últimos dias tenho ficado indignada com a maneira pela qual algumas noticias tem sido veinculadas pelas mídias impresas e televisivas.

A primeira delas, a mais chocante para mim,  refere-se a morte do artista chileno Jorge Selarón. Desde a descoberta do corpo, o Globo vem informando que o artista provavelmente comentou suicídio.  A polícia reitera esta hipotese. Mas não é preciso investigar muito para chegar a conclusão que Selarón foi  morto pelo tráfico de drogas que assola aquela região. Tenho amigos que possuem estúdios no local, o frequento regularmente e era público e notório que Selarón discutia com os bandidos que faziam da rua Joaquim Silva uma feira de drogas a serem consumidadas nas ruas da Lapa. A morte de Selarón é uma questão de segurança pública, e digo mais é uma questão de estado de direito, pois o artista apenas reinvidicava seu direito de não ter que conviver com esta bandidagem nojenta e ao enfrentá-los foi morto friamente. Espero que sua vida nao tenha sido levada em vão e que se repense efetivamente a ocupacao daquele espaço tão bonito e genuinamente carioca.

A segunda noticia que gostaria de comentar é a campanha que tem sido feita para fazer do médico que faltou o plantão um bandido. Ele não estava correto, em especial no que tange a sua folha de ponto. Se estava fraudando o documento deve sim responder por falsidade ideológica, incluído o amigo que o substituía e o chefe do hospital que era conivente. Mas dizer que o médico fora responsável pela morte da pobre menina é um pouco além. Responsáveis sao os bandidos que atiram e a péssima politica de saúde que nos temos no Rio de Janeiro.

E para finalizar, a outro notícia que tem me incomodado muito é a maneira pela qual tem-se discutido e até mesmo defendido a permanência do antigo Museu do Índio no entorno do Maracanã. O pobre prédio sofre com o abandono há mais de quarenta anos e hoje não é mais o que fora. Há anos a politica de preservacao do nosso patrinomio é fraca, limitada e colocada sempre em segundo plano. Inúmeros prédios históricos sao abandonados para depois serem demolidos, coincidentemente, para virarem estacionamento. E agora precisamos defender um prédio abondonado e que frente a opinião pública perdeu o seu valor.  Temos é que brigar por uma politica de preservação decente e que puna proprietários que abandonam prédios tombados, como manda a lei.

Mas parece que os pontos discutidos aqui são omitidos por conveniência e por uma politica podre. A sociedade precisa se mobilizar e reinvindicar uma melhor atuação da administração pública!

domingo, 13 de janeiro de 2013

Feliz 2013!




Ano novo vida nova!! Esta realmente é a frase desse período do ano.

Mas para mim tem um significado maior.

O ano de 2012 foi um ano de grandes mudanças profissionais e que, claro, refletiram em minha vida como um todo! Sai de uma empresa de nível internacional, mega estruturada e optei por voltar para sala de aula e para a área de pesquisa como freelancer.

Claro que financeiramente não foi nada vantajoso, afinal, nunca profissionais da educação serão mais valorizados do que aqueles que trabalham em uma empresa de exploração de petróleo, mesmo que muitos expressem que deveria ser diferente.

Quando tomei a decisão de mudar sabia muito bem o que estava fazendo. Afinal, já fiz isso há uns quinze anos atrás e não me arrependi nem um pouco. Resolvi dar um passo para trás e, mais segura e dona do meu destino, daqui há uns anos estar em uma posição melhor.

Talvez não dê certo, corro esse risco, eu sei. Mas o que é a vida senão uma eterna provação e sem riscos, não chegaremos a lugar algum.

Espero que este ano eu tenha mais tempo para passar por aqui, estudar, trabalhar, acompanhar o crescimento do meu filho mais de perto, dar suporte emocional ao meu marido, estar mais perto deles, da família e dos amigos!!

Um grande viva para 2013! E que ele nos traga grandes novidades!